A partir da década de 1970, surgem os primeiros estudos sobre a Síndrome do Esgotamento Profissional, por exemplo, o de FREUDENBERGER (1974), que a caracteriza como um sentimento crônico de desânimo, de apatia, de despersonalização que atinge o trabalhador. Para o autor, essa síndrome afeta principalmente os trabalhadores encarregados de cuidar, ou seja, pessoas que trabalham em contato direto com outras, entre os quais os médicos, os assistentes sociais, os psicólogos, os enfermeiros e os professores.
Esse fenômeno, no idioma anglo-saxão é definido e estudado como “Burnout”, e no âmbito dos
idiomas latinos é definido através do descritor “Mal Estar Docente”. Nesse estudo, esses descritores foram traduzidos para o português como Síndrome do Esgotamento Profissional. Essa opção ocorreu face ao dispositivo do Ministério da Previdência Social brasileiro (Anexo 1 da Portaria 1339 de 18/11/1999 - BRASIL, 1999) que utiliza a expressão Síndrome do Esgotamento Profissional com o mesmo significado de Síndrome de Burnout.
O médico e psicanalista FREUDENBERGER (1974), que teve uma vida profissional permeada de frustra ções e dificuldades que o levaram à exaustão física e mental, foi o primeiro investigador a descrever a Síndrome do Esgotamento Profissional (SEP). A presença dessa síndrome entre professores foi registrada em 1979, mediante um estudo descritivo que envolveu esse coletivo de trabalhadores (McGuire citado por CARLOTTO, 2001). Na descrição de FREUDENBERGER (1974), o trabalhador experimenta um sentimento de fracasso e exaustão, causado por excessivo desgaste de energia, derivando em comportamentos de fadiga, irritabilidade, depressão, aborrecimento, sobrecarga de trabalho, rigidez e inflexibilidade. Embora não exista uma definição unânime sobre a SEP, há certo consenso entre os pesquisadores desse fenômeno de que a mais utilizada e aceita é fundamentada na perspectiva social-psicológica elaborada por MASLACH e JACKSON (1981). Estes pesquisadores consideram a SEP uma reação à tensão emocional crônica caracterizada pelo esgotamento físico e/ou psicológico, por uma atitude fria e despersonalizada em relação às pessoas e um sentimento de inadequação em relação às tarefas a serem realizadas.
15% dos professores do Centro-oeste sofrem de Burnout
Cartilha sobre Burnout em professores (distribua!)
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terça-feira, 8 de abril de 2008
A síndrome do esgotamento profissional
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