15% dos professores do Centro-oeste sofrem de Burnout
Cartilha sobre Burnout em professores (distribua!)
terça-feira, 29 de abril de 2008
O que é a síndrome de burnout?
Termo Burnout é uma composição de burn=queima e out=exterior, sugerindo assim que a pessoa com esse tipo de estresse, consome-se física e emocionalmente, passando a apresentar um comportamento agressivo e irritadiço.
Tal síndrome se refere a um tipo de estresse ocupacional e institucional com predileção para profissionais que mantêm uma relação constante e direta com outras pessoas, principalmente quando esta atividade é considerada de ajuda (médicos, enfermeiros, professores).
A Síndrome de Burnout é definida como uma reação à tensão emocional crônica gerada a partir do contato direto, excessivo e estressante com o trabalho. É caracterizada pela ausência de motivação ou desinteresse; mal estar interno ou insatisfação ocupacional que parece prejudicar, em maior ou menor grau, a atuação profissional de alguma categoria ou grupo profissional.
É apresentada como formas de condutas negativas, como por exemplo, a deterioração do rendimento, a perda de responsabilidade, atitudes passivo-agressivas com os outros e perda da motivação, onde se relacionariam tanto fatores internos, na forma de valores individuais e traços de personalidade, como fatores externos, na forma das estruturas organizacionais, ocupacionais e grupais. Podemos dizer que é uma resposta ao estresse ocupacional crônico.
A Síndrome de Burnout pode trazer sérias conseqüências não só do ponto de vista pessoal bem como institucional; é o caso do absenteísmo, da diminuição do nível de satisfação profissional, aumento das condutas de risco, inconstância de empregos e repercussões na esfera familiar.
Alguns autores a define como uma das conseqüências mais marcantes do estresse profissional, onde se destacam a exaustão emocional, avaliação negativa de si mesmo, depressão e insensibilidade com relação a quase tudo e todos (até como defesa emocional).
Inicialmente, a síndrome foi observada em profissionais que estavam predominantemente em contacto interpessoal mais exigente, tais como, médicos, psicanalistas, carcereiros, assistentes sociais, comerciários, professores, atendentes públicos, enfermeiros, funcionários de departamento pessoal, telemarketing e bombeiros. Atualmente as observações já se estendem a todos profissionais que interagem de forma ativa com pessoas, que cuidam e/ou solucionam problemas de outras pessoas, que obedecem técnicas e métodos mais exigentes, fazendo parte de organizações de trabalho submetidas a avaliações.
Entre os fatores aparentemente associados ao desenvolvimento da Síndrome de Burnout está a pouca autonomia no desempenho profissional, problemas de relacionamento com as chefias, problemas de relacionamento com colegas ou clientes, conflito entre trabalho e família, sentimento de desqualificação e falta de cooperação da equipe.
A Síndrome de Burnout se difere do estresse; envolve atitudes e condutas negativas com relação aos usuários, clientes, organização e trabalho, enquanto o estresse apareceria mais como um esgotamento pessoal com interferência na vida do sujeito e não necessariamente na sua relação com o trabalho.
Na próxima semana, estaremos dando continuidade à reflexão deste tema.
Um abraço e até breve,
Alaide D Cantone.
Fonte de pesquisa para a elaboração deste texto:
Ballone GJ - Síndrome de Burnout - in. PsiqWeb Psiquiatria Geral,
sábado, 26 de abril de 2008
20 REGRAS DE VIDA
Tese de Gurdjieff, pensador Russo do século passado!
Por Chafic Jbeili em: www.chafic.com.br
As regras de vida traçadas por Gurdjieff foram colocadas em destaque no Instituto Francês de Ansiedade e Estresse, em Paris. Segundo especialistas, quem conseguir colocar pelo menos 10 dessas regras em prática já descobriu como ter uma vida feliz e com qualidade interior. Ei-las:
1) Faça pausas de dez minutos a cada duas horas de trabalho, no máximo. Repita essas pausas na vida diária e pense em você, analisando suas atitudes.
2) Aprenda a dizer não sem se sentir culpado ou achar que magoou. Querer agradar a todos é um desgaste enorme.
3) Planeje seu dia, sim, mas deixe sempre um bom espaço para o improviso, consciente de que nem tudo depende de você.
4) Concentre-se em apenas uma tarefa de cada vez. Por mais ágeis que sejam os seus quadros mentais, você se exaure.
5) Esqueça, de uma vez por todas, que você é imprescindível. No trabalho, casa, no grupo habitual. Por mais que isso lhe desagrade, tudo anda sem a sua atuação, a não ser você mesmo.
6) Abra mão de ser o responsável pelo prazer de todos. Não é você a fonte dos desejos, o eterno mestre de cerimônias.
7) Peça ajuda sempre que necessário, tendo o bom senso de pedir às pessoas certas.
8) Diferencie problemas reais de problemas imaginários e elimine-os porque são pura perda de tempo e ocupam um espaço mental precioso para coisas mais importantes.
9) Tente descobrir o prazer de fatos cotidianos como dormir, comer e tomar banho, sem também achar que é o máximo a se conseguir na vida.
10) Evite se envolver na ansiedade e tensão alheias enquanto ansiedade e tensão. Espere um pouco e depois retome o diálogo, a ação.
11) Família não é você. Está junto de você. Compõe o seu mundo, mas não é a sua própria identidade.
12) Entenda que princípios e convicções fechadas podem ser um grande peso, a trave do movimento e da busca.
13) É preciso ter sempre alguém em que se possa confiar e falar abertamente ao menos num raio de cem quilômetros. Não adianta estar mais longe.
14) Saiba a hora certa de sair de cena, de retirar-se do palco, de deixar a roda. Nunca perca o sentido da importância sutil de uma saída discreta.
15) Não queira saber se falaram mal de você e nem se atormente com esse lixo mental; escute o que falaram bem, com reserva analítica, sem qualquer convencimento.
16) Competir no lazer, no trabalho, na vida a dois é ótimo ... para quem quer ficar esgotado e perder o melhor da vida.
17) A rigidez é boa na pedra, não no homem. A ele cabe firmeza, o que é muito diferente.
18) Uma hora de intenso prazer substitui com folga três horas de sono perdido. O prazer recompõe mais que o sono. Logo, não perca uma oportunidade de divertir-se.
19) Não abandone suas três grandes e inabaláveis amigas: a intuição, a inocência e a fé!
20) entenda de uma vez por todas, conclusivamente: VOCÊ É O QUE SE FIZER SER!
Sucesso em sua vida!
Com amor,
Chafic Jbeili
www.chafic.com.br
quarta-feira, 16 de abril de 2008
terça-feira, 8 de abril de 2008
A síndrome do esgotamento profissional
Esse fenômeno, no idioma anglo-saxão é definido e estudado como Burnout, e no âmbito dos
idiomas latinos é definido através do descritor Mal Estar Docente. Nesse estudo, esses descritores foram traduzidos para o português como Síndrome do Esgotamento Profissional. Essa opção ocorreu face ao dispositivo do Ministério da Previdência Social brasileiro (Anexo 1 da Portaria 1339 de 18/11/1999 - BRASIL, 1999) que utiliza a expressão Síndrome do Esgotamento Profissional com o mesmo significado de Síndrome de Burnout.
O médico e psicanalista FREUDENBERGER (1974), que teve uma vida profissional permeada de frustra ções e dificuldades que o levaram à exaustão física e mental, foi o primeiro investigador a descrever a Síndrome do Esgotamento Profissional (SEP). A presença dessa síndrome entre professores foi registrada em 1979, mediante um estudo descritivo que envolveu esse coletivo de trabalhadores (McGuire citado por CARLOTTO, 2001). Na descrição de FREUDENBERGER (1974), o trabalhador experimenta um sentimento de fracasso e exaustão, causado por excessivo desgaste de energia, derivando em comportamentos de fadiga, irritabilidade, depressão, aborrecimento, sobrecarga de trabalho, rigidez e inflexibilidade. Embora não exista uma definição unânime sobre a SEP, há certo consenso entre os pesquisadores desse fenômeno de que a mais utilizada e aceita é fundamentada na perspectiva social-psicológica elaborada por MASLACH e JACKSON (1981). Estes pesquisadores consideram a SEP uma reação à tensão emocional crônica caracterizada pelo esgotamento físico e/ou psicológico, por uma atitude fria e despersonalizada em relação às pessoas e um sentimento de inadequação em relação às tarefas a serem realizadas.